segunda-feira, 31 de março de 2008

O Signo da Cidade


Ontem assisti, no cinema do Shopping Frei Caneca, O Signo da Cidade... Primeiro me deparei com uma coisa interessante: propaganda de livros antes de iniciar o trailer. Acho que em Salvador isso não daria certo porque a quantidade de público leitor é baixa - e o shopping em questão é freqüentado por pessoas mais intelectualizadas.

Mas voltando ao longa-metragem, gostei muito da forma com ele foi construído, da mensagem que quis passar - fora que minha priminha está atuando belíssima nele. O filme mostra sonhos, desejos e a solidão de alguns personagens numa cidade com 12 milhões de habitantes - São Paulo.

Ambientada por uma maravilhosa música de Caetano Veloso, Signo da Cidade vai além. Fala de destino. Muitas vezes acreditamos no que está escrito e não fazemos nada para mudar. Acho que as rédeas da vida estão em nossas mãos. Ela vai para onde a gente guia. São nossos desejos e sonhos que nos movem e nos fazem acreditar em um futuro melhor. Mas ele, o destino, existe. Nada é por acaso. Contraditório, mas isso é a vida.

Só não gostei da forma como a cidade foi retratada no seu aspecto físico. Não sei se isso foi proposital, mas acredito que sim. Quem assiste ao filme tem uma sensação que São Paulo é suja e muito perigosa. O centro antigo, infelizmente, não está conservado como deveria, mas passa longe da sujeira apresentada no "Signo". Quanto à violência, bem menor do que Salvador, por exemplo. Mas estamos falando de uma megalópole, assaltos, assassinatos e seqüestros acontecem, ainda mais aqui no Brasil.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Nos currais da Paulista

A Av. Paulista está em obras. O antigo calçadão de pedra portuguesa está sendo substituído por uma camada única de cimento e concreto. Eu preferia como estava antes. Claro que com uns ajustes básicos, como recolocar algumas pedras soltas e limpá-las com jato de água.

O chato nisso tudo é que por conta dessa restruturação foram colocadas barreiras para conduzir o pedestre. Eu chamo aquilo de curral. Só quem anda por lá entende. Às vezes parece um labirinto e chega a dar tontura.

O mais perigoso disso, e que acabou ocorrendo comigo e um amigo, é a facilidade para assaltos. Outro dia, às 22h30 - tudo bem, era tarde - estava passando por um desses currais e fui abordado por um pivete de uns 20 anos que estava com cara de muito cheirado. O pior é que não dava para correr para lado nenhum porque aquela maldita barreira impedia... Fiquei com uma raiva sem tamanho. Ainda bem que ele só me levou R$ 10.

Como a Paulista é enorme - e até agora fizeram no máximo uns 200 metros de calçada, essas obras devem ficar por lá até o final do ano.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Uma das primeiras coisas que observei quando cheguei para morar em São Paulo, a partir do dia 1º desse mês, foi que a cidade não é tão cinza, tão concreto como sua fama faz parecer. Se observarmos suas ruas, tanto no centro, quanto na zona oeste e sul, veremos alamedas arborizadas e bonitos jardins.

Há pontos altos da cidade onde é possível confirmar isso que estou dizendo. São locais que permitem uma visão paisagística única, com vistas que chegam a parecer matas fechadas, de tanta árvore que vemos no horizonte. Embaixo desses enormes campos verdes existem casas, muitas casas. Acho que a zona oeste reflete bem isso.

Claro que se olharmos através do google mapa veremos literalmente uma selva de pedra. Isso porque São Paulo possui poucas áreas 100% verdes e são poucos os terrenos baldios, predominando prédios na maior parte da cidade.

Como adoro orquídeas, percebi que aqui o ambiente é muito propício para elas, tanto que muitas árvores nas ruas possuem a planta agarrada aos seus troncos. Em alamedas onde predominam casas, os próprios moradores cultivam orquídeas em árvores que ficam em frente as suas residências.

É... em meio a tanto concreto também há vida.