domingo, 14 de junho de 2009

13ª Parada Gay de São Paulo


O fotógrafo que fez essa foto teve uma sacada incrível.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

O tiro que destruiu o armário


Acabei de assistir ao filme Milk - A Voz da Igualdade e não poderia deixar de falar sobre ele, sobre as sensações e os meus dedos que apertavam minha calça enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas. Chorei, chorei porque pude entender o quanto aquele personagem, o primeiro homem assumidamente gay a se eleger para um cargo do governo dos EUA, representou para toda a comunidade gay. Ele foi sem dúvida o epicentro de um maremoto que culminou em um tsunami pelo mundo.

Se hoje podemos ver homens de mãos dadas nas ruas, se podemos ver, a luz do dia, carícias entre pessoas da mesmo sexo, é porque alguém chamado Harvey Milk foi capaz de entender que só unidos, que só mostrando ao mundo quem somos podemos fazer valer nossos direitos como cidadãos.

Me arrepiei, não só uma, mas diversas vezes quando me deparei com cenas de amor, com cenas de coragem e com argumentos consistentes sobre os direitos civis das minorias. Para quem não sabe, foi graças a Milk, com sua força e coragem, que em 1978 foi realizada a primeira parada gay do mundo, a de São Francisco. Ele também ousou ao mostrar a força econômica dos homossexuais, criando listas indicando os estabelecimentos que recebessem bem os gays.


Foi a esperança de dias mais justos que moveram aquele homem e milhares de outros ativistas gays pelo mundo e é por isso que hoje podemos ver em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Israel, Buenos Aires, Londres, Madrid e tantas outras, homossexuais assumidos sendo valorizados e respeitados como seres humanos. Que continuemos com esperança, ainda há muito que progredir. Temos apenas que colocar para fora cada Harvey Milk que existe dentro de nós.
"Se um tiro atravessar o meu cerebro que ele destrua todos os armários" - Milk